São Paulo, sábado, 20 de julho de 1996
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Exportadores querem que país explique aumento de alíquota

EUA, China, UE e Hong Kong farão consulta informal

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil deve receber, na próxima semana, pedidos de consulta informal dos Estados Unidos, União Européia, China e Hong Kong sobre a adoção da medida de salvaguarda que protege os fabricantes nacionais de brinquedos.
A medida impôs, desde 21 de junho, a alíquota de importação de 70% (20% anteriormente) para os brinquedos estrangeiros que desembarcarem no Brasil. Ela vai vigorar até 31 de dezembro.
Se os países que se consideram prejudicados não aceitarem as explicações brasileiras, poderão apresentar queixa formal junto à OMC (Organização Mundial do Comércio).
Segundo o ministro José Alfredo Graça Lima, diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, os negociadores brasileiros deverão provar que o aumento das importações, nos últimos anos, provocou danos ao segmento industrial.
Basicamente, são os mesmos dados que convenceram os ministérios da Fazenda e da Indústria, do Comércio e do Turismo a adotar a medida de salvaguarda.
Na última quinta-feira, o representante da União Européia fez uma intervenção contrária à medida, durante reunião da OMC.
Dados apresentados pelo Itamaraty mostram que a China é a maior exportadora do produto ao Brasil -US$ 75 milhões em 95 (45% do mercado de brinquedos importados). Os EUA venderam US$ 10 milhões (6% do mercado). A União Européia exportou US$ 13 milhões em 95 (8% do mercado).

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