São Paulo, sábado, 20 de julho de 1996 |
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'Renegados' apagam Olimpíada JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO e JOSÉ ALAN DIAS JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO; JOSÉ ALAN DIAS
Atletas "quase olímpicos", decepcionados pelo corte às vésperas dos Jogos de Atlanta, querem esquecer a competição. O atacante Kid, 25, cuja inscrição foi vetada pela Federação Internacional de Vôlei, disse que não quer mais saber da Olimpíada. "Quero esquecer a seleção, Atlanta, tudo. Agora só vou pensar no clube que paga o meu salário, na minha mulher e no meu filho." O zagueiro Alexandre Lopes, que foi cortado pelo técnico Mario Jorge Lobo Zagallo da seleção olímpica de futebol, tem o mesmo raciocínio. "Tive de assimilar o susto. Agora quero pensar no Corinthians e no Campeonato Brasileiro." Ele usou a viagem do time paulista à França como válvula de escape para sua decepção. "O bom de viajar é descontrair, esquecer a Olimpíada", disse. A volante Leda Maria, 30, excluída da seleção feminina de futebol, não teve a mesma "sorte" do zagueiro corintiano. "Meu caso é pior, não há excursão para a França, nada. Passo o dia em casa remoendo o que aconteceu", conta. Leda Maria treinou um mês nos Estados Unidos com o resto do grupo e foi cortada com a goleira Maravilha e a atacante Nildinha. "O técnico só podia levar 16 das 19 para a Olimpíada e eu não tenho padrinho na seleção", reclamou. "A primeira noite após o corte foi horrível", contou o armador Danilo, 26, que ficou fora da lista final da seleção de basquete. "Dividi o quarto com o Rolando, que estava contundido, e um não podia consolar o outro." Para "afogar as mágoas", Danilo tirou três semanas de férias e só agora voltou a treinar. Texto Anterior: Sem Kid, masculino pode apelar para Carlão Próximo Texto: 'Quase olímpicos' apóiam seleções por obrigação Índice |
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