São Paulo, sábado, 20 de julho de 1996
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Pugilistas brasileiros 'fecham' a boca com medo de engordar

Técnicos vetam a ida dos lutadores ao restaurante olímpico

DA REPORTAGEM LOCAL

Os pugilistas brasileiros estão proibidos pelos técnicos Ulisses Pereira e Francisco Garcia de "abrir a boca" em Atlanta.
A determinação não veta os lutadores de conversar, mas, sim, de comer em excesso.
A preocupação é justificada. Os treinadores temem que os pugilistas fiquem acima do peso limite de suas respectivas categorias para o torneio de boxe da Olimpíada.
"Não podemos entrar no restaurante da Vila Olímpica porque a comida que oferecem é uma tentação", disse Agnaldo Nunes, à Folha, por telefone, de Atlanta.
O pugilista, que compete na categoria peso-leve (até 60 kg), está com meio quilo a mais. Isso, porém, não o preocupa. "Basta fechar a boca", brincou o lutador.
O médio-ligeiro Jorge Melo (categoria até 71 kg) diz que esteve no restaurante da Vila, no dia em que chegou a Atlanta.
"Comi de tudo. Camarão, peixe, macarrão, carne e sorvete. Mas se fizer isso nos próximos dias vou levar uma bronca daquelas", afirma o pugilista.
Para evitar os prazeres da gula, o técnico Ulisses Pereira estabeleceu a "dieta" para os seis pugilistas brasileiros.
Pela manhã, café com leite e cereais, suco e pão com manteiga e queijo. O cardápio do almoço é semelhante ao do jantar. Ao meio-dia, todos almoçam frango grelhado com salada. À noite, acrescenta-se um prato de macarrão ao frango com salada.

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