São Paulo, sábado, 20 de julho de 1996
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Sem estrelas, Phytoervas Fashion se adequa a sua nova fórmula

ERIKA PALOMINO

ERIKA PALOMINO; JACKSON ARAUJO
COLUNISTA DA FOLHA

JACKSON ARAUJO
Ao fim de sexta edição do Phytoervas Fashion, o evento demonstra mais consistência em termos técnicos e de organização. Funcionou o esquema de camarins, passarela, platéia e apresentação dos desfiles (os atrasos do início se deram mais por conta do público que não entrava na sala do que por confusão no backstage).
Mais profissionalismo, portanto. Mas desta vez o Phytoervas deixou a desejar no quesito criatividade, por parte de seus novos participantes.
Eduardo Ferreira e Ronaldo Fraga, participantes de edições anteriores, confirmaram seu talento. Nomes como Gaspar Saldanha, Leonardo DeChiasso e Retrós ficaram deslocados dentro da estrutura do evento. Apoiada por uma estrutura de confecção, Carla Fincato mostrou consistência em termos de acabamento; Stefani, ainda em processo de amadurecimento, é bom nome para se observar. Sobretudo com o suporte dado pelo Phytoervas Fashion -caso a comissão julgadora do evento decida por sua permanência para a próxima edição.
Assim, é fundamental agora o trabalho desta comissão, no sentido de definir de fato o perfil do evento e de seus participantes.
A correta moda praia da marca Retrós teria sido mais compreendida dentro de outro esquema de apresentação, fora de um mega-e vento. Mesmo problema ocorrido com o desfile da estilista Marisa Ribeiro, em outra edição.
Jum Nakao é, de fato, a grande revelação. Demonstra capacidade de execução, criativo imaginário fashion e intimidade com tendências e informação de moda. Nakao dá provas de talento nos detalhes e na segurança de seu look e de seu casting. Seu trabalho de estamparia é 100% profissional.
Seu aparecimento pode ser resultado do novo formato sem estrelas do Phytoervas Fashion: trazer ao público e à mídia o trabalho de 15 estilistas (incluindo os do Mercado Mundo Mix) para revelar um Jum Nakao a cada temporada.

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