São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996 |
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Serra e Pitta voltam a se acusar Tucano dá dinheiro a bancos, diz Maluf OSCAR RÖCKER NETTO E SILVIA RUIZ
Em carreata por bairros das zonas sul e oeste de São Paulo, Pitta disse que a dívida da prefeitura paulistana cresceu muito por causa da política econômica do governo federal. Serra era ministro do Planejamento antes de se candidatar a prefeito pelo PPB. 'Pão-duro' O prefeito Paulo Maluf, que estava ao lado de Pitta, foi mais direto: "Ele é pródigo em dar dinheiro para bancos, como o Nacional e o Econômico, que financiaram sua campanha para o Senado, mas é um pão-duro em dar só 12% de aumento para o salário mínimo". Maluf disse também que a Prefeitura de São Paulo paga R$ 380 como piso salarial aos servidores. "O que é bem diferente dos 12% de reajuste que o Serra concedeu ao mínimo. Nós tratamos bem quem está por baixo." No trajeto da carreata de Pitta havia pelo menos três outdoors de Serra pichados com a frase "o pai do Proer". Na frente de um deles, havia uma faixa anunciando que Maluf passaria ontem pelo local. 'Interesses privados' Em campanha na zona leste, Serra rebatia as acusações: "Eles (Maluf e Pitta) é que são especialistas em utilizar recursos públicos para interesses privados", disse. Serra sugeriu ainda que Pitta não conhece os números de São Paulo. "Ele esta se contradizendo. Antes, havia dito que a dívida de São Paulo não tinha crescido." Entre comerciantes da Penha, Serra afirmou também que Pitta tem se apoiado em Maluf para acusá-lo. "O Pitta precisa de alguém para criticar. Não sabe falar sozinho. O patrocinador (Maluf) tem que deixar ele mostrar quem é." 'De banco ele entende' Perguntado se a troca de acusações iria continuar, Maluf afirmou que não se trata disso. "Basta ler a manchete da Folha de hoje (ontem)", disse. "A dívida pública aumentou 23% em um mês e isso se deve ao Serra. Porque foi ele quem fez o Proer, deu dinheiro para os bancos. De banco ele entende bem." Na pesquisa Datafolha de 9 de julho, Serra e Pitta têm 17% das intenções de voto, atrás da etista Luiza Erundina (26%) e do pedetista Francisco Rossi (20%). Texto Anterior: OAB vai pedir prestação de contas antecipada a candidatos Próximo Texto: Erundina já aceita catracas eletrônicas Índice |
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