São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996 |
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FHC negociou solução para banco
FERNANDO GODINHO
Na segunda-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu Andrade Vieira em seu gabinete para discutir o assunto. O Bamerindus já foi autorizado pelo Banco Central a fazer uma reforma contábil para melhorar seu balanço. Até agora, não foram utilizados recursos públicos. A CEF (Caixa Econômica Federal) poderá receber ajuda do Tesouro, por meio de emissão de títulos, para comprar a carteira imobiliária do banco do senador, um dos principais aliados de FHC. A Bamerindus Seguros, que deu lucro de R$ 47 milhões em 1995, passou para o controle do banco. O banco, por sua vez, transferiu à holding Bamerindus S/A Participações-Empreendimentos todos os créditos ruins que possuía, no valor de R$ 680 milhões. A indústria de papel Inpacel, deficitária, passou da holding para a seguradora. Finalmente, a holding repassou ao banco títulos "podres" (créditos contra a Sunaman), que poderão ser usados para comprar estatais. Apesar de toda essa operação, o Bamerindus não resolve seu principal problema: a falta de dinheiro para cumprir seus compromissos diários de forma equilibrada. Tem recorrido diariamente à CEF para financiar cerca de R$ 1 bilhão. Sem isso, fecharia o dia no vermelho. O banco quer vender o mais rápido possível sua carteira imobiliária, estimada em cerca de R$ 2,3 bilhões. Aceita R$ 1,5 bilhão, referente aos contratos habitacionais em andamento. Outro empurrão do governo federal a favor do Bamerindus acontecerá por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que refinanciará dívida de R$ 190 milhões da Inpacel. Texto Anterior: Problemas servem de alerta para presidente Próximo Texto: Brasileiro é atacado por crocodilo nos EUA; FHC sanciona lei que abre telefonia celular; Câmara vota reforma da Previdência Social Índice |
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