São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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Operações de leasing terão outra proposta

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

Cerca de R$ 150 milhões dos débitos da Mesbla com os bancos devem ter uma negociação diferente da proposta feita aos fornecedores.
Este é o valor aproximado das operações de arrendamento mercantil (leasing, em geral envolvendo imóveis) feitas pela empresa.
A Mesbla não pode propor que os débitos a título de leasing sejam adiados por 120 dias, como o fez para os fornecedores e para o restante da dívida bancária. É que as companhias de arrendamento mercantil, ligadas aos bancos, simplesmente reivindicariam os imóveis na Justiça.
A estratégia para negociar essas operações se divide em duas etapas. A primeira é entregar os imóveis para os credores, quando se tratar de algum ponto comercial que não seja muito interessante para a Mesbla.
No caso de o ponto comercial ser lucrativo o suficiente para ser mantido na rede de varejo, uma das negociações possíveis seria a entrega do imóvel contra um compromisso de a Mesbla continuar ocupando-o, pagando aluguel de mercado ao banco.
Nem todas as operações de leasing, entretanto, estarão incluídas nessa negociação. Segundo a Folha apurou, algumas serão contestadas judicialmente. Uma delas é a do prédio sede da Mesbla, que foi repassado para o BCN (Banco de Crédito Nacional), maior credor individual da empresa.
O contrato de leasing do prédio de dez andares, com a loja de departamentos do centro do Rio ocupando os três primeiros andares, teria sido feito fora do prazo permitido pela concordata.
Na sexta-feira, os diretores e advogados da Mesbla tiveram uma reunião com o comissário da concordata, Sérgio Zveiter. Oficialmente, o encontro foi para as duas partes se conhecerem e trocarem alguns documentos.
(FPN)

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