São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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Saiba como evitar os 10 erros fatais no currículo

Consultores ensinam como ter mais chance em uma seleção

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Na hora de elaborar um currículo, existem pelo menos dez armadilhas que podem ser fatais e fazer o candidato não passar da fase de recrutamento.
Uma das principais é cometer erros de português, problema até para altos níveis hierárquicos.
"Recebi uma carta-currículo de um professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) que era uma das coisas mais horrorosas que já vi em minha vida", relata Gutemberg B. de Macedo, 50, da Gutemberg Consultores.
O consultor enumera várias gafes fatais: abusar de adjetivos, não ter objetivo definido e citar deveres, não responsabilidades.
"Mortal é, por exemplo, um currículo extenso demais", afirma Ana Maria Pinheiro, 52, diretora de operações da Manpower, uma das maiores agências de emprego.
"Mostra que a pessoa está fora de seu tempo. Todo mundo hoje sofre com a falta de tempo."
Outro problema é o excesso de "efeitos especiais". Confeccionar um currículo cheio de desenhos, cores e enfeites é discutível.
"Pode até causar impacto a ponto de o selecionador chamar a pessoa por curiosidade, para ver como ela é. Mas é perigoso ser muito brega", alerta Ana Maria.
"Cheguei a ver capas feitas com colagem, em que a pessoa colocava gravuras para enfeitar. Parece coisa de escola primária", critica Márcia Brito, 40, diretora da Holistic, que analisa cerca de 2.000 currículos por mês.

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