São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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Próxima parada, Marte

RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO
ESPECIAL PARA A FOLHA E DA REPORTAGEM LOCAL

O homem deve pisar em Marte dentro de 20 anos -o anúncio foi feito na semana passada pelo programa espacial dos EUA.
A viagem dos astronautas seria o ponto culminante de um programa de exploração do planeta previsto para começar no final do ano e que será empreendido por japoneses, russos e americanos.
Em novembro e dezembro, os EUA e a Rússia lançam três naves não-tripuladas em direção a Marte. Até o ano 2005, nove naves serão enviadas ao planeta, vizinho da Terra no Sistema Solar e quarto a partir do Sol.
A Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA) pretende colocar homens no planeta entre 2015 e 2020.
Para tanto, ainda precisam ser desenvolvidos métodos de proteção contra a radiação no espaço e estudadas as consequências da falta da gravidade sobre o organismo humano, segundo Jesco von Puttkammer, diretor de planejamento da Nasa.
Com menos gravidade -atração que os corpos exercem sobre os outros, o "peso" que prende o homem à Terra-, o organismo precisa fazer menos esforço e o coração torna-se fraco.
No espaço, o corpo também perde cálcio -na volta de uma longa viagem, os ossos dos astronautas se quebrariam facilmente.
Atualmente, os testes de resistência no espaço são realizados na estação espacial russa Mir. A partir de 2001, segundo Puttkammer, essas experiências devem ocorrer na estação internacional Alpha.
O diretor da Nasa revelou na semana passada que a estação, que resultará da cooperação de 13 países, começa a ser montada em 97.
A Alpha exigirá cerca de 40 vôos de ônibus espaciais para ser construída. Será ocupada permanentemente por sete astronautas, os quais serão, de certo modo, as últimas "cobaias" da viagem à Marte.

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