São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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Mille SX é o mais barato do mercado

Design permanece o mesmo

MARCELO TADEU LIA
ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE (MG)

O "novo" Uno Mille SX nasce com o título de carro nacional mais barato do mercado, com o fim da produção do veterano VW Fusca. Porém, já chega com um enigma: por quanto tempo ainda vai durar sua produção? Por razões óbvias de mercado, a Fiat jamais vai responder.
Com o recém-lançado "popular" Palio 1.0, da mesma Fiat, a pergunta deve surgir com força na cabeça do consumidor.
A versão duas portas do SX 97 custa R$ 9.890 (sem frete ou opcionais). Design e motor são iguais aos do Mille i.e. e EP.
Como trunfo sobre os rivais, além do preço menor, o SX vai contar com uma sólida imagem -entre as versões "populares", o Mille é o mais vendido desde sua criação, há seis anos.
O design funcional do Mille, apesar de pouquíssimas mudanças feitas nos anos, não está totalmente ultrapassado, mas perde para os concorrentes diretos.
O bom espaço interno, famoso nos modelos da família, continua presente. A posição de dirigir -tradicionalmente alta nos Uno- e o capô bem rebaixado oferecem boa visibilidade.
O painel continua o mesmo da versão EP (a mais luxuosa): alia simplicidade e rápida leitura.
Mas o SX, como era de se esperar, herdou também antigos defeitos. Os espelhos retrovisores externos permanecem pequenos, dificultando o campo de visão.
A direção, dura, chega a irritar em manobras de estacionamento -em contrapartida, em altas velocidades transmite confiança.
Barulhos, provenientes da caixa de câmbio, surgem a cada troca de marcha. Ao que tudo indica, o SX vai morrer com o "carma" da Fiat em relação aos câmbios -apesar de eles estarem muito melhores.

O jornalista Marcelo Tadeu Lia viajou a convite da Fiat.

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