São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996 |
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Brasil ocupa posição intermediária na AL
DANIELA FALCÃO
O Brasil ocupa uma posição intermediária. Argentina, Uruguai e Paraguai são os mais desiguais. As mulheres de Antígua, das Bahamas e de São Vicente e Granadinas (todas ilhas do Caribe pertencentes ao Commonwealth) são as que conseguiram ocupar maior espaço na política até 1995. Nas Bahamas, 36% dos cargos políticos são ocupados por mulheres. Em Antígua, elas são 30% do governo. Nesses países, as mulheres conseguem maior igualdade nos cargos subministeriais: 38,3% nas Bahamas, 47,4% em Antígua e 50% em São Vicente e Granadinas. Participação baixa No Brasil, as mulheres ocupam 13,1% do total de cargos governamentais. Nos ministérios, a participação feminina cai para 3,6%, índice semelhante ao de países como Venezuela, Cuba e Indonésia. Dados da União Interparlamentar -organismo ligado à ONU- revelam que, dos 39.600 parlamentares de todo o mundo, só 3.636 são mulheres. No Relatório de Desenvolvimento Humano Mundial publicado em 1996 pelas Nações Unidas, o Brasil ficou em 56º lugar entre os países com maior igualdade entre homens e mulheres. Em áreas como educação e saúde, as mulheres brasileiras estão em pé de igualdade com os homens, mas perdem feio quando entra em jogo o espaço que têm na política e na economia. Cargos técnicos Enquanto os homens abocanham 71,4% do total de rendimentos do país, as mulheres ficam com os 28,6% restantes. A desigualdade torna-se ainda mais clara quando se analisa a distribuição de cargos: os homens brasileiros ocupam 82,7% dos cargos de administração e gestão, enquanto as mulheres dominam os cargos técnicos: 57,2%. Texto Anterior: Mulheres na política Próximo Texto: Projeto impõe cota para outras eleições Índice |
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