São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996
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Polícia apura acusação a Matarazzo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo investiga o envolvimento da empresária Maria Pia Matarazzo e de seu filho, José Carlos Matarazzo Kalil, no assassinato do empresário Antônio Erivan de Oliveira Motta, ocorrido em abril de 1993.
Segundo denúncias, Motta seria integrante da quadrilha que sequestrou a dona-de-casa Darci de Moraes, cunhada do empresário Olacyr de Moraes, e sogra de Matarazzo Kalil.
Em nota divulgada ontem, Maria Pia diz que "na origem das acusações encontra-se uma extorsão malsucedida, que vem sendo sustentada há algum tempo".
"A família encontra-se à disposição das autoridades, como sempre esteve, para ajudar a dissipar tais absurdos e proclama a sua indignada determinação de tomar todas as medidas cabíveis para restabelecer a verdade e punir o caluniados", afirma a nota.
A acusação a Maria Pia e Matarazzo Kalil foi feita ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, por Sérgio Ricardo Vernizzi, 36, ex-segurança da empresária. Vernizzi desapareceu em 25 de outubro de 95, após a denúncia.
A corregedoria assumiu as investigações depois que a polícia recebeu uma fita cassete, na qual o segurança afirmava que Motta foi baleado e sequestrado em seu escritório, no Tatuapé, por policiais que faziam a investigação do caso. Matarazzo Kalil estaria junto com os policiais.
O empresário teria sido levado, no porta-malas de um carro, para uma fazenda em Campinas, de propriedade de Maria Pia. Lá, teria sido torturado até entrar em coma.
O segurança disse que ajudou a transportar o corpo para uma estrada deserta, próximo ao km 67 da rodovia Anhanguera, em Jundiaí. Lá, ele próprio teria ateado fogo ao cadáver.

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