São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996 |
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Canadense negocia a compra da Inpacel
MÔNICA SANTANNA
O grupo canadense deve assumir 50% da indústria, controlada pela Bamerindus Companhia de Seguros, que tem 50,55% das ações. O restante está distribuído entre as demais empresas do grupo. A situação financeira da Inpacel é considerada um dos maiores problemas do grupo Bamerindus. Com investimento Caso seja confirmada a venda, os novos sócios deverão investir R$ 700 milhões para a construção da segunda unidade da Inpacel. Atualmente, a produção da empresa é de 150 mil toneladas por ano de papel de baixa gramatura. Antes da reestruturação, a Inpacel estava ligada diretamente ao Bamerindus S/A Participações e Empreendimentos, holding do grupo que detinha 43,3% do total das ações da indústria. As negociações para venda da Inpacel começaram em dezembro, quando o grupo conseguiu reduzir as dívidas da empresa de R$ 723 milhões para R$ 483,5 milhões. As dívidas foram se acumulando ao longo dos últimos dez anos por erro na estrutura de investimentos feitos no período. A Agência Folha apurou que as operações foram feitas a curto prazo, sem que a indústria estivesse ajustada para produzir e vender em escala industrial. Venda de ativos Para tentar sanear a empresa, o banco Bamerindus e a seguradora injetaram recursos, sem resultados. O saneamento só foi conseguido depois que o grupo se desfez de participações minoritárias. Foram vendidas as ações que o grupo possuía na Usiminas, na Refripar, na CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), arrecadando cerca de R$ 500 milhões. Parte do total foi colocado na Inpacel. Localizada no município de Arapoti (300 km a noroeste de Curitiba), a Inpacel foi inaugurada em agosto de 1992 e começou a produzir em maio de 1993 o papel revestido de baixa gramatura, próprio para revistas e folhetos. As obras começaram em 1988 e exigiram investimentos de R$ 500 milhões. Menina dos olhos A Inpacel é presidida por Adelino Ramos, um dos conselheiros do grupo, mas quem dá as coordenadas é o senador José Eduardo de Andrade Vieira (PTB-PR), presidente do Bamerindus desde 1981, quando o banco começou a consolidar sua posição no mercado financeiro. Só ele dá as informações sobre a empresa, que um dia foi considerada a menina dos olhos do grupo. Texto Anterior: Confira sua aplicação Próximo Texto: Lucro da Abitibi-Price sobe 15% Índice |
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