São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996
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Seleção se torna uma "grande família"

EDGARD ALVES
DO ENVIADO A ATLANTA

A seleção brasileira feminina de basquete virou uma "grande família".
Além do espírito de camaradagem que as atletas garantem existir na equipe, há outros pontos que dão respaldo a essa união.
A equipe tem duas duplas de irmãs: Paula, 34, irmã de Branca, 30, e Marta, 32, irmã de Leila, 21.
Tem ainda o mascote do time, João Victor, de cinco meses, filho de Hortência, que é adorado pelas integrantes do time.
João Victor pode ser considerado como integrante do time, embora esteja sob os cuidados do pai, José Victor Oliva, e da babá, Maria Sildes Gargenio, 56, em um hotel de Atlanta.
Família Oliva
A viagem da família Oliva foi bancada pelo Comitê Olímpico Brasileiro, que não revela quanto investiu.
Se o COB não cobrisse as despesas a Confederação Brasileira de Basquete anunciou que se responsabilizaria pelos gastos.
Durante o jogo de ontem, João Victor estava na arquibancada com o pai e a babá.
"Dei uma olhadinha nele quando entrei na quadra e depois me concentrei totalmente no jogo", afirmou Hortência, que marcou dez pontos na estréia do Brasil contra o Canadá. A ala havia desistido da carreira, mas voltou especialmente para atuar nos Jogos.
Irmãs no pódio
Paula e Leila, campeãs mundiais na Austrália, em 1994, não subiram ao pódio com as irmãs Branca e Marta, respectivamente.
"Tudo na vida tem explicação. A Branca sempre foi boa jogadora, mas havia um problema de maturidade. Mudou. No Brasil, temos os familiares torcendo em dose dupla", afirmou Paula.
Marta, que nos últimos anos só ficou fora da seleção no Mundial, admite que não estava bem naquela época. "Perdi uma grande oportunidade. A gente amadurece. O relacionamento com a Leila é normal. É bom saber que lutamos pelo mesmo objetivo", afirmou.
(EA)

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