São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996 |
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Aurélio ganha bronze, mas se irrita com arbitragem
MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
Uma medalha que o brasileiro engoliu, mas não digeriu. "Tinha que ser ouro, tinha que ser ouro", repetia, depois da vitória sobre o holandês Ben Sonnemans. O judoca queria alcançar o feito de Adhemar Ferreira da Silva, único brasileiro a obter dois primeiros lugares olímpicos -no salto triplo, em 52 (Helsinque) e 56 (Melbourne). "Eu queria mesmo me igualar a ele", lamentou Aurélio. "Eu desejava tê-lo como companhia", disse o recordista brasileiro, que acompanhou a competição no ginásio do World Congress Center. "O Aurélio realmente estava um pouco chateado por não ter ido à final, mas me assegurou que vai fazer tudo para ganhar o Mundial em Paris, no ano que vem", disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, depois de cumprimentar o judoca. "Ele não estava chateado, o que ele estava eu não vou dizer porque é impublicável", disse à Folha o ex-jogador de vôlei e ex-secretário nacional dos Esportes Bernard Rajzman. A principal causa da irritação foi a arbitragem da luta que fez, na semifinal, contra o polonês Pawan Nastula -que acabou levando o ouro, ao vencer, na final, o coreano Min-Soo Kim. Aurélio, seu técnico e colegas de equipe culparam os juízes pelo resultado. Texto Anterior: Brasil tenta se redimir do fracasso em Barcelona Próximo Texto: Médios buscam vitória rápida Índice |
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