São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996 |
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A cada ano, 8 mil jovens mudam o visual no bisturi Orelha, nariz e mama são os alvos preferidos das "reformas" SILVIA RUIZ
Tem gente que convive muito bem com seus "defeitos" e até tira proveito deles. Mas há também os que não seguram a onda e partem para uma solução radical: entrar na faca. Oito mil adolescentes por ano -quase o número de estudantes aprovados na Fuvest 95, ou seja, 8.251- fazem cirurgia plástica no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. E a procura tem crescido: quadruplicou nos últimos dois anos. A maioria (80%) dos jovens pacientes são meninas, insatisfeitas com os seios, nariz ou orelha. A minoria (20%) é composta de garotos, que mudam principalmente o nariz, as orelhas ou fazem uma ginecomastia (eliminação de glândulas mamárias que crescem demais). Mas antes de se empolgar e mudar o visual na base do bisturi, é bom lembrar que, como qualquer outra cirurgia, a plástica também tem seus riscos. Há chances até de você sair do hospital mais descontente do que quando entrou. O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Pedro Henrique Silveira, alerta que "o resultado de uma plástica pode não ser o que a pessoa desejou". Segundo ele, o CRM tem uma série de queixas contra cirurgiões plásticos. "Muitas vezes, não houve nenhum erro do médico", diz Silveira, "mas as pessoas acabam ficando com cicatrizes ou tendo um resultado diferente do sonhado". Leia mais abaixo. Texto Anterior: Fimose não altera o tamanho do pênis Próximo Texto: MAMA Índice |
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