São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996 |
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Cidade recebe 56 modernos do MAM-Rio Mostra apresenta 77 obras CELSO FIORAVANTE
Apenas pelos cinco últimos nomes citados acima, dá para perceber que o forte do museu -ou pelo menos do lote que veio para São Paulo- são as esculturas, agrupadas todas no fundo da galeria. "O público sempre se identifica com as obras mais conhecidas. Por isso deixamos elas no fundo, para que a exposição fosse crescendo", disse Marcus Lontra, coordenador-geral do MAM-Rio. Outro fator determinante foi o pé direito mais alto no início da galeria, que permitiu a melhor disposição das obras dos artistas pops e dos mais contemporâneos, como um grande painel de Keith Haring, as seis serigrafias de A. R. Penck e duas outras de Andy Warhol. A arte latino-americana também está bem representada, principalmente nos cinco álbuns em tinta acrílica sobre papel preto do colombiano Carlos Cruz Diez, um dos grandes representantes da arte cinética. Obras de Guillermo Kuitca e Jorge de la Vega marcam o forte núcleo argentino do museu. Esta é a maior exposição do acervo internacional do museu que sai do Rio. Um dos problemas que provocam essa estabilidade indesejável das obras (que poderiam circular mais) é o valor do seguro. "O museu não tem condições de pagar os valores pedidos no Brasil. O seguro é um dos mais altos do mundo. O ministério da Cultura deveria ser um órgão viabilizador dessas iniciativas, por meio de taxas reduzidas", disse. O acervo do museu vem se formando, há 48 anos, principalmente por meio de doações, e grande parte das obras apresentadas provém delas, como a estrela: a escultura em bronze "Mademoiselle Pogany", de Brancusi, uma doação de Roberto Marinho. Não longe dela, no fundo da sala, uma outra doação de peso: um óleo sobre eucatex sem título de Jackson Pollock, doação de Nelson Rockfeller. "Infelizmente, as doações particulares são uma prática que saiu da moda. A não ser por Gilberto Chateaubriand, que faz o papel de Governo na formação de um acervo de arte contemporânea". A mostra está dividida em três núcleos: os clássicos do modernismo, dos anos 50 a 70 e produção contemporânea. A visita de grupos pode ser ainda mais didática com o acompanhamento de monitores treinados pelo Sesi e MAM-Rio. As visitas monitoradas devem ser agendadas pelo tel. 011/253-5877 ramal 262. Mostra: Exemplos Modernos Onde: Galeria do Sesi (av. Paulista, 1.313, subsolo, tel. 011253-5877) Abertura: hoje, às 19h Quando: de terça a sexta, das 8h30 às 20h30; sábados e domingos, das 14h30 às 20h30; até 8 de setembro Entrada: franca Texto Anterior: Dois brasileiros tiram som de latas e sucatas em "Stomp" Próximo Texto: Espetáculos encerram Encontro Laban Índice |
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