São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996
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Israel e Hizbollah trocam prisioneiros

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo de Israel realizou ontem troca de prisioneiros com o grupo islâmico Hizbollah.
O grupo terrorista entregou os corpos de dois soldados israelenses mortos em ação no Líbano, em troca de 45 presos libaneses e dos corpos de 123 guerrilheiros liberados por Israel. Foram soltos ainda 17 prisioneiros do Exército do Sul do Líbano, milícia que apóia a ação de Israel na região.
Representantes do Hizbollah entregaram os caixões com os restos mortais de dois soldados às autoridades do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no escritório do grupo, no subúrbio xiita no sul de Beirute (capital).
Os caixões foram levados por uma ambulância da Cruz Vermelha ao aeroporto de Beirute e embarcados para Israel a bordo de um avião militar da Alemanha -país que mediou o acordo.
Os soldados, Yosef Fink e Rahamin al-Sheikh, estavam entre os seis militares israelenses dados como desaparecidos em ação no Líbano desde meados dos anos 80.
Resultados
"Alcançamos esse resultado positivo e é um primeiro passo importante," disse o mediador alemão Bernd Schmidbauer. "Este será um indicador da boa vontade para que as negociações continuem" disse Schmidbauer.
Ele acrescentou que conversações continuarão, com o objetivo de assegurar a libertação dos prisioneiros libaneses remanescentes e esclarecer o destino do navegador da Força Aérea Israelense Ron Arad e três outros soldados desaparecidos.
Arad foi dado como desaparecido após seu avião ter sido derrubado no sul do Líbano, em 1986. É o único que ainda pode estar vivo.
O Hizbollah tem exigido a libertação de todos seus líderes atualmente na prisão, incluindo o xeque Mohammed Obeid, Mustafa Dirani (que foram sequestrados por comandos israelenses em 1989 e 1994) e Suha Bechara, que tentou assassinar o comandante da milícia pró-Israel.
O governo de Israel disse ontem que retardará a abertura total da fronteira com a faixa de Gaza e Cisjordânia, onde vivem perto de 2 milhões de palestinos.
O comandante israelense Uzi Dayan decidiu retardar as facilidades, planejadas para este final de semana, até que o incidente da prisão de um cidadão israelense em Ramallah se resolva. Autoridades palestinos pediram para discutir o caso em encontro com Israel.
Dois ministros ortodoxos do governo de Binyamin Netanyahu, em Israel, anunciaram intenção de se demitirem em protesto a maneira como as pastas são tratadas.

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