São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 1996
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Bolsas recuam no Brasil e no exterior

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

Com a relativa estabilidade dos mercados de câmbio e de juros, mais uma vez o mercado financeiro esteve concentrado ontem nas Bolsas de Valores.
Para quem tem coração forte e gosta de volatilidade, as Bolsas estão sendo o mercado ideal, comentou um analista.
Segundo operadores, as Bolsas tinham tudo para voltar a subir ontem, com a expectativa de liberação de tarifas telefônicas até o final do ano. Mas acabaram acompanhando as quedas das principais Bolsas internacionais.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) até que chegou a operar em alta, pouco antes das 10h30. Daí para frente, rolou ladeira abaixo, no vácuo de Nova York.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuou 0,66%, precedido do índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, que despencou 2,19%.
O índice Bovespa registrou queda de 1,75%, fechando em 62.991 pontos. No total o volume financeiro da Bolsa paulista alcançou R$ 404,81 milhões.
O Isenn da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro fechou em baixa de 1,23%, com 23.105 pontos. O volume financeiro foi de R$ 40,44 milhões, ou apenas 10% dos negócios com ações na Bovespa.
Telebrás PN concentrou 72% do mercado à vista da Bovespa, fechando em R$ 76,20, com queda de 2,1% em relação ao preço do pregão anterior.
Os papéis Eletrobrás ON e PNB também figuraram entre as maiores baixas: menos 4% e 3,5%, respectivamente. Entre as maiores altas estiveram White Martins ON (2,3%) e Cofap PN (2,2%).
Expectativas
O mercado de câmbio continua sem grandes emoções. Operadores dizem que muitas empresas estão preferindo refinanciar por até um ano os contratos de importação a ir a mercado e fechar o câmbio. Com isso, as empresas ganham tempo e se financiam a taxas de juro bem mais baixas que as do mercado interno.
O mercado de juros vai ficar atento, amanhã, às votações no Congresso, entre as quais a da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Se não passar, o juro pode ceder um pouquinho mais. Se for aprovada, não vai fazer muita diferença, porque o mercado já absorveu o impacto, dizem os analistas.

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