São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 1996 |
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Governo argentino pode demitir 30 mil
DANIEL BRAMATTI
As demissões representam 10% do total de servidores do país (302 mil). Elas deverão ser feitas em cinco etapas (6.000 em cada). O governo prepara um plano de capacitação para esses funcionários, previsto em uma nova reforma do Estado. Eles ficarão em disponibilidade durante um ano, prazo em que deverão receber seus salários e fazer cursos para obter outro emprego. Ao fim desse período, as pessoas que não tenham conseguido encontrar uma nova função serão indenizadas de acordo com as leis trabalhistas do país. O presidente argentino, Carlos Menem, determinou, por decreto, a eliminação dos subsídios de ajuda familiar para os trabalhadores que ganham mais de mil pesos por mês (US$ 1.000), estabelecendo o aumento desse auxílio para os que ganham abaixo desse valor. Menem criou, ainda, um fundo de US$ 200 milhões de auxílio a desempregados. A Argentina irá negociar em agosto com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um "perdão" (waiver) por não ter cumprido as metas fiscais fixadas com o órgão. O déficit do Tesouro no primeiro semestre de 96 foi de US$ 8 milhões a mais do que o montante acertado com o FMI para 96. A reforma do Estado proposta por Menem está sendo criticada pelos sindicatos e principais partidos da oposição. A Confederação Geral do Trabalho, maior central sindical do país, rompeu diálogo com o governo e convocou uma greve geral para 8 de agosto. Colaborou Daniel Bramatti, de Buenos Aires Texto Anterior: Bamerindus e "cortina de fumaça" Próximo Texto: O perde e ganha da abertura Índice |
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