São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996
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FHC une palanque e cinema

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso participará de eventos em Brasília, Rio e São Paulo em um mesmo dia para lançar a nova Lei do Audiovisual e apoiar a campanha de candidatos tucanos.
Fernando Henrique vai aproveitar a divulgação de mais incentivos ao cinema para reunir artistas em torno dos candidatos a prefeito do PSDB em São Paulo, José Serra, e Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, na primeira semana de agosto.
O presidente assina em Brasília ato aumentando de 1% para 3% a dedução no Imposto de Renda dos investimentos em produção de cinema e vídeo.
Em seguida, participa de eventos no Rio e em São Paulo, onde, ao lado de Serra, reúne artistas para assistir ao lançamento do filme "Tieta", de Cacá Diegues.
O filme é baseado em livro homônimo de autoria do escritor baiano Jorge Amado.
O aumento dos incentivos fiscais ao cinema é um compromisso de campanha de FHC. Uma das primeiras tarefas de Francisco Dornelles ao assumir o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo foi estudar mudanças na Lei do Audiovisual.
No Rio, FHC se reunirá com empresários e artistas na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).
O produtor Luiz Carlos Barreto e Raphael de Almeida Magalhães são os responsáveis pela preparação do evento.
Magalhães é secretário-executivo do Conselho de Coordenação das Ações Federais no Rio de Janeiro, órgão ligado à Presidência da República.
Marca do governo
FHC decidiu aumentar os incentivos mesmo com a oposição do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. O presidente pretende marcar o seu governo como incentivador do cinema nacional.
A cúpula tucana está tentando trazer para o lançamento de "Tieta" a atriz principal do filme, Sônia Braga.
Os incentivos fiscais ocorrem por meio da venda de certificados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Os benefícios fiscais às empresas que financiavam a produção de peças audiovisuais foram encerrados durante o governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992). Até então, vigorava a Lei Sarney.

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