São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996
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Presidente premia cinco por atuação na educação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso entregou ontem, no Palácio do Planalto, o prêmio Anísio Teixeira a cinco personalidades que se destacaram na área da educação nos últimos cinco anos.
O sociólogo Florestan Fernandes, morto em 95, foi um dos homenageados. Também receberam o prêmio o critico literário Antonio Candido, o senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ), o ex-senador João Calmon e o professor Amadeu Cury.
FHC lembrou os 45 anos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e a época em que foi bolsista da instituição em Paris (França).
"Quando fomos para Paris (FHC e Antonio Candido), foi a única vez -só agora que sou presidente não tem outro remédio- que eu viajei à custa do erário. Foi à custa da Capes", disse FHC.
Caipira
Na cerimônia, o presidente voltou a refletir sobre a palavra "caipira". Usou o termo duas vezes, nos 30 minutos da solenidade de entrega do prêmio Anísio Teixeira.
No último dia 13, em entrevista ao jornal português "Diário de Notícias", FHC disse, ao comentar as dificuldades do Brasil para se adaptar ao processo de globalização da economia, que os brasileiros são caipiras e que têm uma mentalidade provinciana.
Na cerimônia no Planalto, explicou, brincando, como Antonio Candido ministrava suas aulas na USP (Universidade de São Paulo).
"Tudo o que ele (Candido) tinha de dizer, dizia com uma simplicidade (...). Nunca dava a impressão de que, por trás daquilo, estava uma erudição imensa. Porque dava aula -eu posso dizer- como um caipira, com simplicidade, como nós somos", afirmou.
Antes, FHC havia dito que sabia alguma coisa de "caipira" graças a Candido, que foi seu professor.
Afirmou que se informou mais a respeito no livro "Os Parceiros do Rio Bonito", de Candido, de que ele fez a revisão.

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