São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996
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Técnicos consideram substância pouco tóxica

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O óleo derramado anteontem na serra do Mar é considerado "pouco tóxico" pelos técnicos da Cetesb. A inalação do produto em pequenas quantidades causa irritação no sistema respiratório. Os olhos de quem se aproxima muito também ficam irritados.
Os técnicos vão conseguir retirar apenas 1.000 dos 29,9 mil litros derramados na serra, afirmou Élio Lopes dos Santos, da Cetesb.
Isso porque o óleo (uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e aromáticos com baixos percentuais de hidrocarbonetos poliaromáticos com concentração de 1% de enxofre) foi penetrando no solo até chegar ao rio.
Como é mais leve que a água, o óleo foi flutuando e impregnando as margens por onde passou e também os manguezais.
Na água, vai contaminar os microorganismos e os animais que se alimentam desses microorganismos. Enquanto estiver boiando, o óleo vai impedir que os raios de sol penetrem na água, bloqueando assim a fotossíntese das plantas.
Os técnicos usam palha de pinho para retirar o óleo do rio e também absorvedores Pitsorb, produto que "chupa" o óleo na água.
(VA)

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