São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996 |
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Crédito popular pode ir a R$ 530 mi
FRANCISCO SANTOS
Inicialmente, o BNDES está destinando R$ 69 milhões ao programa, que vai emprestar entre R$ 200,00 e R$ 5.000,00 por pessoa física ou jurídica. Caso o total chegue a R$ 530 milhões, eles representarão 4,8% do orçamento total do BNDES para este ano, que é de R$ 11 bilhões. Segundo o ministro do Planejamento, Antonio Kandir, o governo decidiu criar esse programa porque "o processo de desenvolvimento econômico não está gerando a ocupação necessária". Técnicos do BNDES temem que o programa tenha uso político-eleitoral e dizem que estaria fora das características do banco. Na avaliação desses técnicos, o BNDES estaria fazendo um papel que deveria ser de agências oficiais de varejo, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Essas agências enfrentam dificuldades, em parte pela aplicação política dos seus recursos no passado, e os técnicos temem que o BNDES possa estar tomando caminho semelhante. O BNDES opera basicamente com dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), destinado em parte ao pagamento do seguro-desemprego. O Crédito Produtivo Popular será operado pelo BNDES em parceria com ONGs (Organizações Não-Governamentais) que tenham experiência em financiamentos populares, com Estados e municípios. Protocolo verde O presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, disse ontem que o banco poderá interromper financiamentos para projetos que não estejam cumprindo os compromissos ambientais previstos em contrato. Ontem, Mendonça de Barros participou, junto com Kandir e o ministro do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, Gustavo Krause, de encontro para esclarecer os bancos repassadores de recursos do BNDES sobre o Protocolo Verde. Texto Anterior: BNDES suspende dívida de R$ 20 milhões da Inpacel Próximo Texto: Mercedes vai cortar dias de grevistas Índice |
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