São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996 |
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Seleção teme nova falha de Dida
MARCELO DAMATO; MÁRIO MAGALHÃES
O técnico Mario Zagallo tentou defendê-lo: "O Dida não falhou em bola chutada. Ele é bom para caramba". Mas ameaçou o jogador. "Ele não pode mais errar." Mas essa pressão pode levá-lo a um novo erro. Na delegação, não há psicólogo. Quem o orienta é o treinador de goleiro Wendell Ramalho de Lucena. Wendell é uma espécie de protetor de Dida. Foi o responsável até por ele ter virado titular, na Copa América de 1995. Os dois se conhecem há mais de quatro anos, quando Dida estava na seleção júnior. Mas até Wendell admite que o goleiro falhou contra Japão e Hungria. Após a vitória sobre a Hungria, disse que havia dito para o goleiro não sair do gol antes da hora. Vergonha O próprio Dida reconheceu o erro desta vez: "Fui orientado a só sair do gol com o lance definido. Se eu tivesse ficado no gol, não teria levado nenhum dos dois." Após o primeiro jogo, o goleiro dissera que havia gritado para Aldair que estava saindo do gol. O zagueiro negou ter ouvido o aviso. A dificuldade de Dida em sair do gol já motivou até um anúncio do carro Gol, da Volks. No anúncio, ele contracena com Zagallo. Danrlei, reserva de Dida e ex-titular da seleção, revelou o estado de ânimo do companheiro. "Ele ficou sentido, quem não ficaria? É difícil ser o culpado." Segundo o reserva, Dida lhe disse o seguinte: "Quando levantei, não quis nem olhar para o placar e ver o que tinha acontecido. Quando vi, a bola estava no meio-campo. Poxa, a bola entrou". (MARCELO DAMATO e MÁRIO MAGALHÃES) Texto Anterior: O Dida deve lembrar-se do Condinho Próximo Texto: Zagallo mantém revezamento Índice |
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