São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996
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Equipe trabalhou sem salário

ARMANDO ANTENORE
DA REPORTAGEM LOCAL

Técnicos e atores que participaram de "Olé" aceitaram trabalhar de graça. Assinaram um contrato concordando em só receber algo se o filme der bilheteria.
Com "El Mariachi", ocorreu quase o mesmo. Apenas uma atriz, Consuelo Gomes, ganhou cachê - US$ 225.
O diretor Roberto Santucci está no Brasil desde o fim de março à procura de financiamento para converter o filme em 35 milímetros, formato mais compatível com o mercado. Calcula que precisará de pelo menos US$ 100 mil.
Os americanos Michael Carp e Bart Mallard também correm atrás do dinheiro nos Estados Unidos.
Os três amigos seguem rota idêntica à de Rodriguez. Rodaram "Olé" em película de 16 milímetros e, depois, a reproduziram numa fita de vídeo.
Foi quando atingiu tal estágio que "El Mariachi" despertou a atenção da Columbia, responsável pelas cópias em 35 milímetros.
Santucci conta que viu o filme do texano "umas quatro vezes", sempre com olhos de estudioso. "É uma boa maneira de se aprender como trabalhar sob condições precárias, coisa que nenhuma escola de cinema ensina."
Em "Olé", o diretor repetiu truques que Rodriguez relatou no livro "Rebel without a Crew". Por exemplo: na falta dos habituais trilhos e carrinhos que movimentam a câmera, o brasileiro apelou para uma cadeira de rodas.
(AA)

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