São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 1996 |
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Irlandesa estraga a festa americana Michelle Smith tenta sua 4ª medalha de ouro MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
Até aqui a maior surpresa da Olimpíada, Smith tenta ganhar hoje sua quarta medalha de ouro, nos 200 m borboleta. Ela foi a primeira atleta a conquistar, em Atlanta, três ouros em competições individuais. Na quarta à noite, a nadadora americana Amy Van Dyken também chegou à terceira vitória, mas numa disputa em equipe -o revezamento 4 x 100 medley. O triunfo de Michelle Smith despertou a desconfiança dos americanos, a começar pela fracassada Evans, que disparou insinuações sobre uso de doping para explicar a espetacular performance da irlandesa. "Tudo que faço é comer, dormir e treinar. Estou pondo minha alma nisso. Para as pessoas que competem comigo na Europa, meu sucesso não é uma surpresa", defende-se Smith. Se comparados os tempos obtidos por ela em Barcelona-92 e em Atlanta, o salto é extraordinário: nos 400 m medley, por exemplo, passou de 4m58s94 para 4m39s18. Mas, entre uma Olimpíada e outra, Smith venceu várias provas na Europa. A virada da atleta seria explicável pela atuação de Erik de Bruin, um arremessador de peso holandês que ela conheceu em 92. Bruin tornou-se seu técnico e a levou para a Holanda, onde se casaram. Ele reformulou todo o esquema de treinamento: reduziu os treinos de longa distância e adotou técnicas do atletismo, como a correção de movimentos pela observação de vídeos. Texto Anterior: Inexperiência prejudica Luiz Lima nos 1.500 m Próximo Texto: Bicho-de-sete-cabeças Índice |
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