São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996 |
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Brasil vive "terceira onda", afirma FHC Presidente inaugura aeroporto AUGUSTO GAZIR
"(É) a nova onda de investimentos no Brasil, de um Brasil confiante, de um Brasil que sabe que está dando certo, que sabe que vai dar certo", afirmou FHC. "É fácil falar, mas é muito difícil realizar." O presidente inaugurou ontem o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. No último dia 19, ao sancionar o projeto de lei que regulamentou a abertura do setor de telecomunicações, FHC lançou a teoria da terceira onda de crescimento. A primeira ocorreu nos anos 50, no governo Kubitschek, e a segunda ocorrido no início dos anos 70. A construção do aeroporto, de 29,4 mil metros quadrados, custou US$ 150 milhões ao governo federal e US$ 46 milhões ao estadual. Para FHC, o aeroporto é um exemplo de que o Brasil está na terceira onda. Ele afirmou que o governo vai investir R$ 2,4 bilhões em construção e melhoria de mais de cem aeroportos até 1998. "Os números de R$ 2,4 bilhões são números da terceira onda mesmo", afirmou FHC. "Tudo isso é sinal muito claro de que o país encontrou seus rumos", completou. O presidente, mais uma vez, associou um dado de sua biografia ao local visitado. Desta vez, lembrou que seu pai, Leônidas Cardoso, nasceu em Curitiba: "Me sinto um pouquinho paranaense". Protesto O diretor do Sindicato dos Urbanitários de Curitiba, Stanislaw Gramowski, fez ontem um protesto solitário no saguão do novo aeroporto. Ele estava vestido com um chapéu de palha e camisa xadrez, e defendeu os caipiras. Gramowski tentou espalhar cartazes com frases caipiras pelo saguão, mas foi impedido pela segurança do aeroporto. Colaborou a Agência Folha, em Curitiba Texto Anterior: Ministério regulamenta transmissão por satélite Próximo Texto: Brasil vive "terceira onda", diz presidente Índice |
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