São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996
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Renegociar com FMI é 1ª tarefa

DE BUENOS AIRES

Uma das primeiras tarefas do ministro Roque Fernández será renegociar o acordo do país com o Fundo Monetário Internacional.
No início de agosto, uma missão do fundo chegará a Buenos Aires para rediscutir as metas fixadas para o déficit público. O acordo previa que o rombo nas contas públicas não superaria US$ 2,5 bilhões no ano de 1996.
O valor foi alcançado em apenas seis meses. Economistas estimam que o déficit total no ano ficará entre US$ 4,5 bilhões e US$ 6 bilhões.
Outro desafio que Fernández terá de enfrentar em breve é a greve geral convocada pela CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), marcada para o próximo dia 8.
Os sindicalistas protestam contra o último pacote decretado por Domingo Cavallo como ministro. Para reduzir o déficit, Cavallo reduziu o pagamento de salário-família para os trabalhadores que ganham entre US$ 500 e US$ 1 mil. Os que têm salários superiores tiveram o benefício eliminado.
É provável que Fernández também enfrente problemas para montar sua equipe. Ontem, ele manifestou a intenção de preservar nos cargos os homens-chave de Cavallo. Um deles, o secretário de Programação Econômica, Juan Llach, disse que não permanecerá.
A médio prazo, o ministro terá de se esforçar para resolver o principal problema argentino: o desemprego. As estatísticas oficiais revelaram que 2,04 milhões de trabalhadores (17,1% dos integrantes da população economicamente ativa) estão fora do mercado.
Além disso, a reativação econômica após a crise mexicana ficou abaixo das expectativas.

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