São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996
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REPERCUSSÃO

Fernão Bracher, ex-presidente do Banco Central e presidente do BBA Creditanstalt - "A saída de Cavallo é uma pena, mas o sucessor é conservador e não deve mudar a política atual. O Plano Real não corre perigo, embora o que é ruim para a Argentina seja ruim para o Brasil."

Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central - "A saída do ministro Cavallo significa que vai haver mudança na política econômica. Mas é impossível fazer futurologia neste momento. Sou economista, não sou a mãe Dinah."

Mario Bernardini, vice-presidente do Ciesp - "O ministro Cavallo, antes 'imexível', perdeu sustentação política, o que mostra que a política de 'bom-mocismo' perante os organismos internacionais não tem dado frutos para os argentinos. Isso também pode acontecer no Brasil."

Feres Abujamra, diretor do departamento de Economia da Fiesp - "Mesmo com a queda de Cavallo, um dos principais personagens do Mercosul, não acredito em consequências maiores. Toda mudança na política cambial e econômica terá de ser negociada com cada um dos parceiros envolvidos."

Mario Ernesto Humberg, coordenador do PNBE - "O Cavallo caiu por causa de problemas como o grande desemprego e a falta de diálogo com a sociedade. A queda do ministro argentino pode servir de alerta para os nossos amigos de Brasília."

Paulo Nogueira Baptista Jr., economista, professor da FGV - "A saída de Cavallo não chega a ser uma surpresa, mas é um fato grave. Ele personifica a política econômica argentina. Não acredito em mudanças no curto prazo. Mas pode ocorrer uma crise de confiança, que leve à perda de reservas."

Ernane Galvêas, ex-ministro da Fazenda - "A queda do ministro Cavallo não é um ganho, é uma perda para a Argentina. Todo o programa corre o risco de vir abaixo. Cavallo tem o mérito de ter sido o responsável pela estabilização da economia."

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