São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil testa sua 'independência'

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A ATLANTA

Desfalcada de Hortência, que sofreu entorse no tornozelo esquerdo, a seleção brasileira feminina de basquete enfrenta a China, hoje, às 18h (de Brasília), pela quarta rodada do torneio olímpico.
É a repetição da final do Mundial-94, vencido pelas brasileiras, e o time do técnico Miguel Ângelo da Luz tenta provar que "não depende" da presença de sua cestinha para continuar invicto.
Hortência deve ficar afastada do time nos dois jogos finais da primeira fase -hoje, contra a China, e segunda-feira, contra a Itália-, segundo Arnaldo Santhiago, coordenador médico do Comitê Olímpico Brasileiro.
"É uma lesão de segundo grau (o terceiro é o pior). O entorse provocou uma distensão nos ligamentos do tornozelo", afirmou o médico.
A jogadora está fazendo tratamento intensivo desde anteontem.
Miguel Ângelo da Luz deve escalar a pivô Leila no lugar de Hortência, compondo o time com Alessandra, Marta, Janeth e Paula.
É uma formação mais alta, considerada a melhor opção para enfrentar o estilo de jogo chinês.
Outra opção é a escalação de Branca. Ela pode assumir a armação do time, com Paula sendo deslocada para a posição de Hortência. Com Branca, a equipe ganharia em velocidade.
O adversário
Os arremessos de três pontos e a gigante Zheng Haixia (29 anos, 2,04 m e 115 kg), a maior jogadora do torneio, são as principais armas das chinesas para derrotar o Brasil.
O basquete chinês ganhou projeção internacional nesta década. Terminou como vice-campeão na Olimpíada-92 e no Mundial-94.
Apesar desse retrospecto, o time vem decepcionando em Atlanta. Perdeu para a Itália (62 a 53) e para o Japão (75 a 72) e só bateu o Canadá (61 a 49), na última rodada.
"Não importa se a China iniciou mal. O fato é que tem um time forte e vamos entrar alertas", disse Miguel Ângelo da Luz.
O Brasil, ao contrário, conseguiu três vitórias expressivas sobre Canadá (69 a 56), Rússia (82 a 68) e Japão (100 a 80) e lidera o Grupo A.
O objetivo do time é terminar a fase de classificação em primeiro lugar e evitar o confronto com a seleção dos EUA, a favorita, antes da decisão olímpica.

Texto Anterior: Dois brasileiros se classificam
Próximo Texto: Hortência evita pisar
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.