São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996 |
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Barreto criou 'quixote' local
RONI LIMA
Ao criar o quixotesco Policarpo Quaresma, o escritor deu vazão a seu espírito crítico dos costumes da época. Com forte visão social, Barreto usa Quaresma para revelar a arrogância da elite carioca. Funcionário público do arsenal de marinha, causa irritação em seus pares quando insiste em redigir relatórios em tupi-guarani. Nacionalista, é um crítico feroz da submissão da cultura brasileira aos maneirismos da francesa. Acaba sendo internado em um hospício. Amigo do presidente Floriano Peixoto, dá a volta por cima ao defender seu governo contra um golpe. Mas, vitorioso, se revolta contra o fuzilamento de presos políticos sob sua guarda. Vai parar no cárcere, sendo depois fuzilado. O clima amoroso da história é dado pela paixão de Quaresma por sua afilhada, Olga, casada com um espertalhão. Ao final, Olga rompe com o marido e assume seu amor por Quaresma. (RL) Texto Anterior: 'Policarpo Quaresma' questiona 'jeitinho' Próximo Texto: Buemba! A Força da Periquita em Atlanta! Índice |
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