São Paulo, domingo, 28 de julho de 1996 |
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Pesquisa revela cara neoliberal dos teens
CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
Teens de todo o mundo demonstram formar uma geração filha do neoliberalismo. Pesquisa inédita, feita em 41 países com mais de 25 mil adolescentes entre 15 e 18 anos das classes A e B, revela que a principal preocupação dos adolescentes atuais é arrumar um bom emprego. A globalização já é coisa cotidiana e 85% acreditam que dependem apenas de si mesmos para vencer na vida. Foram arquivados os ideais socialistas, a rebeldia contra tudo e todos dos punks e mudaram a filosofia dos yuppies -querem ter sucesso profissional, sim, mas não a custo de esquecer a vida sentimental, a saúde e a boa forma física. Cidadãos do mundo, apenas 43% pretendem continuar morando nos países em que nasceram. Por isso, olham o planeta Terra não apenas como um imenso playground, mas como um novo campo de oportunidades de emprego. Globalização Alimentados pelas informações trazidas pelas TV, inclusive pelas televisões a cabo, pelo computador e pela Internet, os teens estão cada vez mais parecidos. Apesar das dramáticas diferenças culturais entre Hong Kong, Brasil e Polônia, por exemplo, adolescentes ao redor do mundo formam hoje a primeira geração com a mesma cabeça, um exército vestido com as mesmas marcas de jeans e camiseta, que consome os mesmos refrigerantes, fast food e aparelhos eletrônicos. Outras gerações de adolescentes também compartilharam os mesmos gostos, no passado. A diferença é que na atual as modas não surgem como ondas, passando de um país para outro, ao longo de meses ou anos. Agora, é tudo instantâneo. As modas surgem simultaneamente em muitos países, graças à televControle de custos Luiz Otávio Moretti, diretor de marketing do Bioclínico, afirmou que seu laboratório consegue oferecer preços mais razoáveis porque tem um controle de custos apurado. Haveria um ganho também no aproveitamento dos funcionários, que têm carga horária planejada para otimizar o trabalho. O representante do laboratório Delboni-Auriemo foi procurado pela reportagem, mas até a conclusão da edição não deu retorno aos recados.é Próximo Texto: Adolescente ocidental é mais namorador Índice |
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