São Paulo, domingo, 28 de julho de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Angra consegue aumentar mata
SERGIO TORRES
Os 4% representam 40.200 m2, o equivalente a seis campos de futebol profissional. A condição íngreme da serra do Mar no trecho que passa pelo sul do Estado do Rio ajudou na preservação da mata Atlântica. As cidades de Angra dos Reis e Parati são cercadas por montanhas de até 2.000 metros de altura, cobertas por cerradas florestas. A altitude e a inclinação permitiram à floresta, por mais que fosse derrubada, resistir à devastação praticada pelo homem. O contrário ocorreu no vale do rio Paraíba do Sul e na regiões norte e noroeste do Estado do Rio, áreas de relevo plano ou caracterizado por ondulações baixas. Até o fim deste ano, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e as Furnas Centrais Elétricas vão lançar em livro o relatório final sobre o Projeto Mata Atlântica, uma parceria das duas entidades. Um dos temas do livro é a retomada da mata Atlântica em Angra dos Reis. Angra é a cidade do Estado onde mais há remanescentes da mata Atlântica. A área urbana do município ocupa apenas 1,88% da área total, que é de 819 km2. "Em Angra a ocupação é muito maior na faixa litorânea, o que está ameaçando os manguezais e restingas. A ocupação de florestas tem sido bastante reduzida, o que ajuda a preservá-las, ainda mais que a agricultura rural lá está em decadência", disse o biólogo Mário Ximenez, da UFRJ. (ST) Texto Anterior: Maior parte dos vegetais vem de fora Próximo Texto: Medicina leva o homem além dos 100 anos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |