São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 1996 |
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Brasil desafia retranca para ser 1º
EDGARD ALVES
São os dois objetivos da seleção brasileira feminina de basquete, que enfrenta a "retranca" da Itália, hoje, às 18h (de Brasília), no Georgia Dome, pela última rodada da fase de classificação. O forte sistema defensivo das italianas é a maior ameaça à invencibilidade e à liderança do Brasil. A Itália é a equipe que menos pontos levou no Grupo A: 234, em quatro partidas, o que dá uma média de 58,5 pontos por jogo. A média brasileira, apesar da ótima campanha, é de 71,8 pontos tomados por partida. As russas foram as que mais pontos marcaram contra a Itália: 75, na única derrota italiana no torneio até agora. Preocupação "A Itália tem bom posicionamento defensivo. É um adversário difícil", analisou o técnico brasileiro Miguel Ângelo da Luz. Além disso, quando têm a posse de bola, as italianas costumam gastar pelo menos 20 segundos antes dos arremessos. Os dois fatores resultaram em contagens baixas em jogos da Itália, até agora, na Olimpíada. O time venceu a China (62 a 53), Canadá (59 a 54) e Japão (66 a 52) e perdeu para a Rússia (75 a 70). "Vamos tentar quebrar o ritmo e fazer com que elas joguem um pouco mais rápido contra o nosso time", disse Miguel Ângelo da Luz. Recentemente, na fase de preparação, os dois times se encontraram na final de um torneio e as brasileiras venceram por 80 a 68. Campanha Campeãs mundiais em 1994, na Austrália, as brasileiras estão mostrando em Atlanta que não chegaram ao título por acaso e que são candidatas à medalha de ouro. Ganharam, com folga, os quatro jogos que disputaram: Canadá (69 a 56), Rússia (82 a 68), Japão (100 a 80) e China (98 a 83). "Se continuarmos assim, vamos ganhar medalha, que é o nosso objetivo", afirmou a ala-pivô Leila. Anteontem, sem contar com a cestinha Hortência -se recuperando de uma lesão no tornozelo esquerdo-, as brasileiras dominaram as chinesas, vice-campeãs olímpicas e mundiais. Anularam a gigante Zheng Haixia, de 2,04 m, que marcou só três pontos e ficou apenas 13 minutos e 49 segundos na quadra, saindo com cinco faltas. O desfalque de Hortência serviu como "estímulo" para o time, segundo a pivô Marta. "Tivemos de jogar muito mais para compensar a falta dela e acabamos nos superando", disse. A ala Janeth, com 26 pontos, foi a cestinha do Brasil. Texto Anterior: Velejador pode assegurar prata Próximo Texto: Medo de bomba afasta filho de Hortência Índice |
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