São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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"Calote" pode ser de R$ 1,7 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil descobriu que R$ 1,7 bilhão dos empréstimos que tem a receber não deverá ser pago. A previsão foi feita com base em informações dos gerentes.
O diretor de Finanças, Carlos Caetano, disse que os empréstimos foram classificados em cinco tipos: ótimo, bom, regular, ruim e péssimo, sempre em relação ao seu potencial de recebimento.
Aqueles empréstimos abaixo de "bom" foram considerados de difícil recebimento, e o banco optou por fazer sua provisão como crédito de liquidação duvidosa. Se eles forem pagos, a situação melhora.
O provisionamento total dos créditos duvidosos no semestre passado foi maior porque mudaram as regras. Em vez de esperar 180 dias para fazer a provisão, o prazo foi reduzido para 60 dias.
Segundo o diretor, a regra atual deixa mais claro quais os problemas do banco, disse o diretor. Isso só foi possível porque o BB aumentou seu capital em R$ 8 bilhões no primeiro semestre.
Os maiores problemas estão nos empréstimos feitos aos seguintes setores: sucroalcooleiro, indústria de alimentos, empresas de construção civil, produtores de arroz irrigado (RS) e comércio.
"Adotamos medidas preventivas. É um procedimento já adotado por bancos do setor privado e estrangeiros", disse Caetano.
Segundo ele, as tarifas vão acompanhar o mercado. "Ninguém pode prestar serviços sem cobrar."

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