São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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Volume de empréstimos atingirá R$ 1,5 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil vai aumentar em R$ 1,5 bilhão sua capacidade de conceder empréstimos.
Essa ampliação de recursos será adotada para garantir um resultado financeiro positivo no segundo semestre deste ano.
Os recursos financeiros serão dirigidos para empresas de pequeno e médio portes, assim como para pessoas físicas.
Os beneficiados
Serão beneficiados com essa medida os clientes com ótimo índice de pagamento junto ao BB.
Por causa da injeção de R$ 8 bilhões no patrimônio do banco, realizada no primeiro semestre deste ano, a instituição aumentou sua capacidade de aplicar em operações de crédito.
Pelo Acordo da Basiléia, que fixa regras de capitalização dos bancos, o patrimônio mínimo do Banco do Brasil deveria ser de R$ 4,3 bilhões, calculado de acordo com o risco ponderado dos seus empréstimos.
No primeiro semestre, esse patrimônio chegou a R$ 5,3 bilhões. Essa diferença favorável (R$ 1 bilhão) permitiria à instituição emprestar até 12 vezes mais que esse valor -ou R$ 12 bilhões.
Volume de conforto
O banco limitou, porém, em R$ 1,5 bilhão a sua disponibilidade adicional de empréstimos para evitar riscos maiores.
"A empresa tem de trabalhar com um certo volume de conforto", disse o diretor de Finanças, Carlos Caetano.
Outra estratégia do banco é investir na recuperação dos créditos em atraso. No primeiro semestre, a campanha para reduzir a inadimplência trouxe R$ 2,4 bilhões para os cofres do banco.
Meta
Até dezembro, a meta do BB é recuperar R$ 3 bilhões de dívidas. Em junho, a instituição tinha R$ 6,6 bilhões de créditos inadimplentes, que representavam 21,6% de todas as operações do banco.
No final do ano passado, a taxa de não-pagamento de empréstimos representava 15,6% do total das operações. Segundo o presidente do Banco do Brasil, Paulo Ximenes, esse aumento foi provocado pela falta de pagamento de créditos antigos.

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