São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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Rossi quer voto útil contra Erundina

ANA MARIA MANDIM
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, Francisco Rossi, disse ontem que começará a pregar o voto útil no primeiro turno.
"Vou alertar os eleitores do Pitta e do Serra (adversários do PPB e PSDB, respectivamente) que as pesquisas mostram que sou o único capaz de ganhar da Erundina (candidata do PT à prefeitura)."
Minutos antes, no minicomício que fez ontem à tarde em Jardim Helena (zona leste), Rossi havia dito que Erundina não o preocupava "porque um raio não cai duas vezes no mesmo lugar".
O candidato do PDT prometeu, se eleito, pedir autorização à Câmara para equipar com rádio os 35 mil táxis da cidade a fim de que possam comunicar à prefeitura situações de emergência.
O custo de instalação dos rádios seria de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões, segundo Rossi.
"O táxi é um serviço de utilidade pública que pode ser mais bem usado em benefício da população. Há muito mais táxis do que ambulâncias ou carros da polícia."
Bolso do Contribuinte
Rossi atacou novamente "as campanhas milionárias" dos adversários, um dos pontos permanentes de seu discurso.
"É lógico que o dinheiro para isso também está saindo do bolso do contribuinte", voltou a afirmar.
O candidato do PDT prometeu que, em sua administração, vai "tirar a distância entre o centro da cidade, que tem tudo, e a periferia, que está largada, abandonada".
'Motta me injuriou' Rossi disse que seu advogado, Aymoré de Mello Dias, já entrou no Supremo Tribunal Federal com representação contra o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, que o acusou de "explorar a crendice popular".
"Não pretendemos pedir explicações, porque ele iria deixar o dito pelo não dito", afirmou Rossi.
"A representação é para que seja feita mesmo uma queixa-crime contra ele. Não devo nada a ninguém, nunca pedi dinheiro e tenho o dever de responder ao crime que ele (Motta) cometeu, me injuriando e caluniando."
'Desmistificação'
Rossi disse que a realização, anteontem, de um comício de Pitta em um ato da Igreja Universal do Reino de Deus o deixou "feliz".
"O episódio serviu para desmistificar esse negócio de candidato de evangélico."
O candidato do PDT afirmou
que "a exploração da religião não é bem-vista pelas pessoas".
Disse "preferir respeitar a posição de todos, inclusive a da ABC (Associação beneficente Cristã, entidade filantrópica ligada à Universal), de apoiar o Maluf e o Pitta. Eles é que devem falar sobre isso".

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