São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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Número de vítimas do Estado pode chegar a 356

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O número oficial de mortos e desaparecidos políticos no regime militar reconhecido pelo Estado pode chegar a 356.
Até agora, o número é de 222. Desse total, 136 foram admitidos pela lei 9.140/95, que propôs indenizações aos familiares dos militantes de organizações de esquerda, e 86 foram incluídos depois pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça (veja lista ao lado).
Ainda estão sob análise 134 outros pedidos: 26 para reconhecimento de desaparecimento e 108 solicitações para o reconhecimento da responsabilidade do Estado pela morte dos militantes.
Entre os 136 que a lei previa pagamento de indenização, 3 foram desconsiderados (Francisco Manoel Chaves, Manoel Alexandrino e Edmur Péricles Camargo). Seus familiares não cumpriram o prazo para fazer o requerimento.
Outra que não vai receber indenização é a família de Rubens Paiva. A viúva, Eunice Paiva, pediu o atestado de óbito, mas preferiu abrir mão da indenização de R$ 150 mil a que teria direito para continuar o processo contra a União, em que espera receber R$ 6 milhões.

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