São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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Oito empresas terão de depor sobre gás

DA REPORTAGEM LOCAL

O laudo do Instituto de Criminalística relaciona oito empresas ligadas, direta e indiretamente, aos problemas nas tubulações de gás do shopping.
Os representantes dessas empresas serão chamados para depor (leia texto nesta página).
Após a análise do laudo, a polícia deve indiciar os responsáveis pela explosão sob a acusação de homicídio e lesão corporal culposos (sem intenção de matar ou ferir).
Segundo o delegado Flávio Augusto Nogueira, da Delegacia Seccional de Osasco, os indiciamentos podem começar a ser feitos na próxima semana.
A polícia já ouviu os depoimentos de cerca de 260 vítimas e testemunhas da explosão.
Segundo o delegado, várias testemunhas confirmaram a versão de que o shopping havia sido avisado da existência do vazamento de gás.
Ele disse já ter elementos para indiciar pessoas ligadas à administração do shopping por não terem tomado medidas eficazes com relação às reclamações.
Processo no Crea
O Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) abriu processo para apurar a responsabilidade dos engenheiros que participaram do projeto e da construção do Osasco Plaza Shopping.
O Crea não quis se manifestar sobre o laudo feito pelo IC. O órgão informou, por meio de sua assessoria, que o laudo deverá servir para instruir o processo sobre o caso.
Caso sejam considerados culpados, os acusados poderão ter cassado o registro no conselho.
O engenheiro Eugênio Pierrobon Neto, 41, presidente do Comitê Brasileiro de Combustíveis da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), disse que não é recomendável o uso de material rígido para vedar tubulações de gás.
Ele também afirmou que os tubos não devem passar por lugares fechados e sem ventilação natural. Essas duas coisas aconteceram no Osasco Plaza Shopping.

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