São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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'Operação tartaruga' pode afetar rodízio

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os metroviários ameaçam diminuir a velocidade dos trens às vésperas da implantação do rodízio de veículos. Na próxima quinta-feira, às 18h, a categoria decide em assembléia se faz a chamada "operação tartaruga".
A medida, que começaria na mesma noite, poderá dificultar ainda mais o transporte durante o rodízio. Com início marcado para segunda-feira, o rodízio prevê a retirada de 20% dos carros das ruas.
"Vamos diminuir o ritmo se a direção do Metrô não fizer novas propostas", afirmou Onofre Gonçalves de Jesus, vice-presidente do sindicato. "Depois, poderemos até entrar em greve."
Os metroviários querem maior participação nos resultados da empresa. Eles dizem que o que está sendo pago pelo Metrô não atende à Medida Provisória 1.169, de outubro de 1995.
Ontem, o presidente do Metrô, Paulo Goldschimidt, disse que só volta a negociar "depois que o sindicato tomar juízo"."Estávamos nos reunindo desde 15 de julho, mas os diretores do sindicato assumiram uma atitude extremamente agressiva, com motivação eleitoral. Isso está prejudicando a própria categoria e vai acabar atrapalhando a população."
Na última quarta-feira, os metroviários iniciaram a operação "padrão", que está provocando pequenos atrasos nas linhas. "Estamos levando à risca todos as normas", disse o sindicalista.
Segundo ele, seguir as normas à risca significa, por exemplo, "não fazer hora extra e só liberar equipamentos no almoxarifado depois de cumprir, rigorosamente, todos os procedimentos burocráticos."
Os funcionários da Cetesb também marcaram assembléia para quinta-feira, quando devem ratificar a decisão de iniciar greve na segunda-feira.

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