São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Próximo passo será o indiciamento dos acusados
DA REPORTAGEM LOCAL A polícia deverá indiciar os responsáveis pela explosão no Osasco Plaza Shopping sob a acusação de homicídio e lesão corporal culposos (quando não há intenção de matar ou de ferir).Esse é o próximo passo da polícia após analisar o laudo entregue ontem pelo Instituto de Criminalística de Osasco (Grande São Paulo). A afirmação é do delegado Flávio Augusto Nogueira, da Delegacia Seccional de Osasco, presidente do inquérito do caso. Após analisar o laudo, o delegado deverá intimar os representantes legais das empresas que estariam envolvidas na tragédia. Os indiciamentos, que podem começar a ser feitos a partir da próxima semana, dependerão do que for apurado pelo inquérito. A polícia já ouviu os depoimentos de cerca de 260 vítimas e testemunhas da explosão no Osasco Plaza. Segundo o delegado, várias testemunhas confirmaram a versão de que a direção do shopping havia sido avisada da existência do vazamento de gás. "O laudo do IC não diverge do que eu já tinha apurado nos depoimentos", afirmou o delegado. Ele disse já ter elementos para indiciar pessoas ligadas à administração do shopping por não terem tomado medidas eficazes com relação a reclamações. A polícia não tem estimativa sobre quanto tempo levará para concluir o inquérito. Ainda faltam depoimentos de vítimas, de testemunhas e as declarações dos representantes das empresas. A polícia ainda espera a conclusão do laudo sobre a edificação do shopping, que definirá se as obras obedeceram as normas técnicas. Após a conclusão do inquérito, o Ministério Público Estadual irá analisar as provas para saber se denuncia ou não os possíveis acusados. Só então poderá ser aberto o processo judicial sobre o caso. Texto Anterior: Crea investiga engenheiros Próximo Texto: Para shopping, laudo inocenta Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |