São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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Verba de escola vai para feridos

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Estudantes da escola Raposo Tavares feridos na explosão do shopping center de Osasco estão precisando de muletas, cadeiras de roda, cadeiras de banho e próteses.
A escola, que pertence ao Estado, fica ao lado do shopping. Sete estudantes morreram na explosão. Outros dez ficaram gravemente feridos. Dois ainda estão internados.
Nenhum deles tem condições de retornar às aulas. Ana Paula Oliveira, 16, será a primeira a voltar à escola em um mês, de muletas.
Os outros devem começar a receber "atendimento domiciliar" para não perder o ano.
"Os estudantes mais carentes estão precisando de ajuda com urgência", disse a diretora Doralice Vicente Borgonovi. A escola está passando listas para recolher dinheiro. Toda a verba da APM (Associação de Pais e Mestres) está sendo destinada aos feridos.
Elienai Paulino Flores Ferreira, 16, por exemplo, precisa de cadeira de rodas, cadeira de banho e curativos. Ela perdeu uma perna e está com um braço comprometido. Três outros estudantes estão precisando de próteses, e a maioria deles necessita de apoio psicológico.
Doralice esteve ontem na Prefeitura de Osasco e hoje irá ao Fundo Social de Solidariedade do município. "Não podemos esperar mais. Até agora, ninguém do shopping nos procurou."
Dois estudantes ainda estão internados. Um deles, Davidson Oliveira, 14, se recupera de cirurgias no joelho. Fabiana Búfalo, 16, teve parte de um pé amputado e ainda passará por cirurgias.
(AB)

Tel. da escola Raposo Tavares (011) 701-8622

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