São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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Pesquisa ouve 561 microempresas

DA SUCURSAL DO RIO

Pequenas e médias empresas industriais brasileiras apresentaram, no segundo trimestre, sinais de discreta recuperação em seu nível de atividades em relação aos três meses anteriores, embora com queda no emprego e nas margens de lucro.
A conclusão é da segunda rodada anual da Sondagem Empresarial da Pequena e Média Indústria, feita trimestralmente pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada ontem pelo presidente da entidade, Fernando Bezerra.
A pesquisa ouviu 561 indústrias: 339 pequenas (até cem empregados) e 222 médias (101 a 500 funcionários), em 17 Estados. Os setores que mais se destacaram foram material de transporte, vestuário e calçados e alimentos.
Segundo o estudo, 41,9% das empresas pesquisadas mantiveram, de abril a junho, a sua produção nos níveis do trimestre anterior, enquanto 30,8% a aumentaram e 27,3% registraram queda.
Houve aumento na utilização da capacidade instalada. No primeiro trimestre, 22% das pequenas e médias indústrias usavam mais de 80% de sua capacidade; no segundo, o percentual subiu para 29,3%.
Em vendas físicas (número de unidades vendidas), 35,5% das indústrias mantiveram o nível anterior, contra 35,2% que aumentaram e 29,3% que reduziram. Das empresas pesquisadas, 46,2% apresentaram queda no faturamento; e 53,8%, aumento.
A sondagem constatou também que 51,5% das indústrias mantiveram o nível de emprego, mas 29,5% apresentaram redução e 19%, aumento.
Para 59,1% das empresas, a situação financeira ficou inalterada, enquanto para 28,9%, piorou, e para 12%, melhorou.
Os empresários entrevistados apontaram como principais problemas que enfrentam a carga tributária (18,9% dos pesquisados), taxa de juros elevada (15,8%), redução das margens de lucro (14,7%), competição acirrada (13,3%), falta de capital de giro (12,2%) e falta de demanda (9,9%).

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