São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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Fittipaldi é levado a Miami para cirurgia na coluna

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Emerson Fittipaldi foi transferido ontem à tarde do hospital Saint Joseph, em Ann Arbor (Michigan), para o hospital Jackson Memorial, em Miami, Flórida (EUA).
O piloto sofreria, à noite (após o fechamento desta edição), uma cirurgia para reconstituir a sétima vértebra (cervical), esmagada em acidente durante as 500 Milhas de Michigan, no domingo.
A princípio, a operação aconteceria entre hoje e amanhã, mas a melhora no estado geral do brasileiro a antecipou para ontem.
Fittipaldi seria examinado na chegada a Miami e, se estivesse bem, passaria pela cirurgia, cuja duração estava estimada para duas horas e meia.
Além da reconstrução da vértebra, a operação, que seria conduzida por Terry Trammell (ortopedista), Barth Green (neurologista) e Steve Olvey (médico da IndyCar), serviria para a retirada de fragmentos de osso que se incrustaram na coluna do piloto.
Apesar da delicadeza do tratamento, não se falava em perigo de vida, nem em paralisia permanente de qualquer parte do corpo.
Somente depois da cirurgia, os médicos terão idéia de quanto tempo o piloto necessitará para se recuperar. As primeiras informações davam conta que ele precisaria de, no mínimo, dois meses.
Caso o prazo seja confirmado, Emerson não participará mais deste campeonato da Indy, o qual termina no dia 8 de setembro.
O piloto, que completa 50 anos em dezembro, também deverá enfrentar pressões familiares para abandonar as corridas.
Boa parte da família Fittipaldi se dirigiu para Miami. A mulher, o irmão e os cinco filhos do piloto estão na Flórida.
Jason, o mais velho dos filhos homens, interrompeu as férias no Brasil e seguiu para os EUA na noite de domingo. Os pais de Emerson, Wilson e Juve, seguiriam para lá ontem à noite.
Até ser transferido para Miami, Fittipaldi se dizia apreensivo quanto à operação. Familiares que o visitaram disseram que ele estava emotivo e chegou a chorar.
O brasileiro ainda criticou a manobra do canadense Greg Moore, a qual provocou o acidente. E agradeceu os telegramas e telefonemas de apoio de fãs do Brasil.
(MT)

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