São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996
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Economia com adubo orgânico é de 50%

DA REDAÇÃO

O produtor brasileiro de hortaliças, frutas, algodão e milho pode economizar 50% em fertilizantes químicos com o uso de composto orgânico produzido a partir do lixo domiciliar.
A informação é da Abrelp (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública).
"O composto orgânico reconstitui o solo, pois contém vários micronutrientes e macronutrientes", diz Luiz Carlos Scholz, 65, presidente da Abrelp.
Segundo ele, o composto melhora a fertilidade e as condições químicas e biológicas do solo e funciona como uma espécie de telhado, impedindo a lixiviação (descida dos nutrientes necessários ao desenvolvimento da planta para o subsolo).
Além disso, favorece a retenção de água no solo, reduzindo a necessidade de irrigação.
"O composto tem ainda alto valor como fonte de húmus. Como é pasteurizado, o que elimina os germes patológicos, pode ser utilizado diretamente nas culturas de frutas e verduras", afirma.
Preço baixo
O composto orgânico pode ser beneficiado, curado ou cru.
Segundo ele, o adubo cru contém altos índices de umidade, que variam entre 45% e 60%. Já em sua forma beneficiada, os níveis são muito menores.
A produção de composto orgânico em São Paulo é muito baixa. Apenas 1% das 96 mil toneladas de lixo domiciliar que são coletadas por dia na capital é transformado em composto.
Nem por isso, esse tipo de fertilizante, que é produzido pelas usinas de compostagem, custa caro.
A tonelada do produto beneficiado custa R$ 5, enquanto a tonelada do adubo cru sai por R$ 2.

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