São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996
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México desemprega massa de 'yuppies'

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A crise econômica mexicana colocou na rua não apenas os trabalhadores, mas também uma significativa massa de jovens executivos, os "yuppies", que proliferavam no mercado de trabalho local no final da década passada.
A partir da crise, em dezembro de 1994, mais de 1 milhão de executivos perderam seus empregos, dos quais foram recontratados menos de 100 mil, segundo Carlos Rojas, diretor da Amrop, a principal empresa de "headhunting" (caça-talentos) do México.
A média de currículos recebidos diariamente pela empresa em 1994 era de sete por dia. No ano passado, houve dias em que chegaram a ser enviados 350 pedidos. Sem tempo ou espaço para processar a documentação, a empresa decidiu simplesmente ignorá-los.
Há dois anos, o rendimento anual bruto de um executivo mexicano superava os US$ 250 mil, mas agora o teto é de US$ 120 mil. De outro lado, para os trabalhadores mexicanos o salário mínimo é hoje de menos de US$ 3 diários.
A antes poderosa Confederação de Trabalhadores do México (CTM, governista) reconheceu que nos últimos 18 meses registrou uma queda de quase 2 milhões de seus militantes, como resultado do desemprego e falência em massa de empresas. Os trabalhadores que perderam seu emprego refugiaram-se na economia informal ou passaram a depender economicamente de seus familiares.

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