São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996
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SPC recusa mais crédito em 96

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os dados são da Associação Comercial de São Paulo. Hoje, cerca de 12% das consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) -pouco mais de um milhão por mês- são negadas. Antes do Plano Real era de 6% a 8%.
As consultas ao SPC -que dá idéia das vendas a prazo- cresceram 47% do dia 1º a 28 de julho sobre igual período do ano passado e 11,9% sobre o mesmo período de junho.
No caso do Telecheque -que dá idéia dos negócios à vista-, o aumento foi de 15,6% e de 8,8%, no período. As consultas aumentaram, mas também cresceram as recusas ao crediário e ao recebimento dos cheques.
"O número de consultas reflete a pretensão de compra, não a compra efetivada", diz Mônica Hage, economista da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
As vendas de roupas, tecidos e calçados, conta ela, caíram 30% na primeira quinzena de julho sobre igual período do ano passado.
Retomada atrasa
A queda foi tão acentuada, diz, que a federação decidiu refazer as previsões para o ano. "Até junho esperávamos faturar 5% menos em 1996 do que em 1995. Achamos agora que essa queda será maior."
Na sua análise, as vendas sempre retomam a partir do segundo semestre. Neste ano, porém, isso deve ser verificado no último trimestre do ano. "Vai atrasar um pouco. Algumas lojas já estão até fazendo liquidação de inverno."
(FF)

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