São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996 |
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Seleção adota três volantes para 'segurar' os africanos MÁRIO MAGALHÃES e MARCELO DAMATO MÁRIO MAGALHÃES; MARCELO DAMATO
O técnico Mario Jorge Zagallo abandonou ontem o discurso a favor do "futebol-arte", na véspera da semifinal do futebol masculino da Olimpíada de Atlanta. O vencedor do jogo de hoje entre Brasil e Nigéria assegura pelo menos a medalha de prata. O perdedor tentará a de bronze. A partida será no Sanford Stadium, em Athens, às 19h (horário de Brasília). Em caso de empate, haverá prorrogação com "morte súbita" -quem marcar ganha. Se não houver gol na prorrogação, a decisão será em pênaltis. Num clima de tensão, Zagallo substituiu o meia Rivaldo por Amaral, reforçando defensivamente a equipe, que jogará com três volantes. A mudança lembra a troca de Raí por Mazinho na Copa de 94, quando o Brasil mostrou um futebol pragmático, sem "arte". Zagallo condenou o desempenho da seleção na vitória de 4 a 2 sobre Gana nas quartas-de-final. "Na ânsia de decidir, desarrumamos o nosso bloqueio", afirmou. "A vontade de ganhar também traz consequências ruins." Na opinião de Zagallo, "a equipe tem voado para cima dos adversários, com consequências horríveis no setor defensivo. Ninguém ganha com alvoroço". Entre os episódios que irritaram o técnico no domingo está a linha do impedimento. "Eu não dei ordem e não quero linha de impedimento, um erro grosseiro que pode ser fatal." Texto Anterior: Africanos e latinos se destacam Próximo Texto: Argentina disputa final do torneio Índice |
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