São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996 |
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Curta de encomenda vence 12º Rio Cine
AMIR LABAKI
Dirigido por André Klotzel ("Marvada Carne") a partir de roteiro do santista José Roberto Torero ("Amor!"), o filme mistura ficção e documentário para resumir em tom cômico os mais de quatro séculos de história da principal cidade litorânea paulista. O santista Ney Latorraca encarna vários papéis, de colonizador português a professor de tortura. A espinha dramática segue a árvore genealógica de um pretenso descendente do fundador da cidade, Pascoal Duarte da Costa. "Brevíssima História" foi eleito melhor filme pelo júri oficial, pelo júri popular de espectadores da TVE e pela Associação de Críticos de Cinema do RJ. Falando à Folha após a premiação, André Klotzel frisou a importância da autonomia para o sucesso desse projeto de encomenda. "O filme deixou de ser institucional no sentido tradicional da palavra no exato momento em que me deram liberdade para exercer meu papel. Essa postura tornou possível fazer um filme que não era chato de fazer e tampouco de ver." O Sol de Ouro de melhor vídeo foi para o simples mas tocante "15 Filhos", uma sucessão de depoimentos de descendentes de mortos ou desaparecidos durante o regime militar de 1964. As diretoras Maria Oliveira e Marta Nehring batalham agora pela realização de um longa-metragem sobre o mesmo tema. Dois outros vídeos se destacaram. "Yãkwa, o Banquete dos Espíritos", de Virgínia Valadão, sobre o ritual homônimo dos índios Wnawêni Nawê, venceu a disputa popular pela TVE e foi escolhido melhor documentário. Já a co-produção BBC-TV Cultura "O Menino, a Favela e as Tampas de Panela" foi eleita melhor ficção e valeu a Cao Hamburguer o prêmio de melhor diretor. O crítico Amir Labaki viajou ao Rio a convite da organização do festival. Texto Anterior: 'Ed Mort', 'Bocage' e 'O Judeu' ganham prêmio de R$ 200 mil Próximo Texto: Principais prêmios Índice |
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